Já escrevi sobre essas narrativas brevíssimas na edição de 09 de outubro de 2022 desta nossa newsletter MENOS É MAIS!. Se você ainda não leu ou quiser reler o texto, clique aqui.
Como adoro escrever nanocontos, volto ao tema. Como já foi dito, o nanoconto é a menor forma de uma narrativa breve. Se formos falar em termos de conjuntos, o nanoconto é um subconjunto de um microconto. Ou seja, todo nanoconto é um microconto, mas nem todo microconto é um nanoconto.
Se o microconto se limita a 150 caracteres, incluindo pontuação e espaços, o nanoconto não pode ultrapassar 50 caracteres, mas sem contar os espaços e a pontuação. Ambos precisam conter personagem(ns), conflito e clímax. E, é claro, precisam provocar a emoção do leitor.
Primeiro desafio: a partir de um nanoconto famoso
Lá na edição do dia 09 de outubro, eu já mencionava o famoso nanoconto de Augusto Monterroso, O DINOSSAURO: Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá. Este texto breve, além de ser o mais conhecido do mundo, é considerado um marco para este gênero, dando a Monterroso a glória de ter sido um de seus fundadores.
Mas existem outros nanocontos muito famosos.
Quem não conhece esta célebre história intrigante de Ernest Hemingway?
Vende-se: sapatos de bebê, nunca usados.
A partir de uma história de seis palavras, são inúmeras as perguntas:
Quem estaria vendendo os sapatinhos? A mãe? Outro familiar? Alguém que achou os sapatos?
Por que os sapatos estariam à venda? O bebê teria morrido? Ele cresceu e os sapatinhos não servem mais? Os pais precisam de dinheiro? A cor não agradou aos pais? Foi uma promessa? De quem?
Eis aqui o primeiro desafio: que tal você escrever um conto a partir deste nanoconto? Conte a sua história sobre os sapatinhos de bebê à venda.
Segundo desafio: a partir de um nanoconto não famoso
Há alguns dias, o grupo Para ler num piscar de olhos propôs em sua página no Instagram o desafio de escrever um microconto com o tema Loucura. Resolvi topar e escrevi o meu, intitulado DECISÃO. É um nanoconto.
Entre a razão e a loucura, resolveu ser escritor.
Você já deve estar se perguntando:
O que levou o personagem a escolher ser escritor? Algum episódio traumático em sua vida? Qual?
Por que ele escolheu ser escritor ao invés de outra coisa? Ele já gostava de escrever? Ele quis deixar registrado o que ocorreu?
Ser escritor é ser mais racional? Ou então ter uma dose significativa de loucura?
E aqui vai o segundo desafio: escrever um conto a partir deste nanoconto não famoso. É pra você contar uma história sobre ser escritor, como decisão entre razão e loucura.
Se você topou um dos desafios, ou os dois, deixe nos comentários. Se couber. Se não couber, pode mandar o texto diretamente para o meu e-mail: catherine@artenarede.com
E você quer ler alguns de meus microcontos? Então me siga também no Instagram e no Wattpad.
Até a próxima semana!
Catherine, querida. Mal entrei na seara dos microcontos e você já nos coloca o nanoconto. Como disse nosso amigo Coquinho, não sei se dou conta,mas vou tentar.
Vou aceitar o seu desafio, Catherine. Não sei se vou dar conta. O nano conto é para os fortes na síntese. Mas vou encarar.